quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Orçamento 2009



Que Soluções?


Em termos genéricos poderemos dizer que este é um orçamento que, dada a conjuntura económica em que vivemos, age de forma reactiva e em contraciclo, senão vejamos:

- Apesar de um aumento total de 5% face a 2008, a Despesa Corrente isto é a improdutiva, aumenta de forma vertiginosa 24%, ao contrário da de investimento que sofre uma retracção de 11%. Em tempo de vacas magras qualquer regra de boa gestão diz que os cortes devem começar a ser feitos pelas despesas correntes, muito embora estas sofram de uma maior inelasticidade.
- Por outro lado, é um orçamento que fala de investimentos e volume de obra de 30.000.000,00 €uros das PPP que não encontram qualquer reflexo neste orçamento.
- Como positivo, apontamos a diminuição demagógica, segundo palavras do Sr. Presidente da Câmara, de 20% das taxas do IMI. Foi preciso esperar 4 anos para o Sr. se convencer da utilidade desta medida, que o seu camarada Sócrates veio defender à relativamente pouco tempo. Enquanto fomos nós a propor era demagógico, foi um seu camarada passou a ser pertinente…
- Chamava também a atenção para o facto de as despesas com o pessoal representarem (quase 10 Milhões de €uros) somente menos 5% do valor previsto para o total de investimentos em 2009, o que não admira se constatarmos que a CM Fafe possui um quadro de 637 funcionários (perguntar acumulações);
- Chamava-se novamente a atenção para o facto de neste momento o passivo bancário atingir o valor de 11.295.914,21 € que somados aos 30.000.000,00€ previstos para as PPP, atira o passivo real, sem desorçamentação, para um valor superior ao orçamento total para 2009, o que não deixa de ser preocupante.

Algumas sugestões ou propostas:


1 – Diminuição no valor de taxas e licenças para habitações que recorram a energias limpas e alternativas, devidamente certificadas;

2 – Desburocratizar serviços e facilitar o acesso electrónico a cidadãos e empresas, aos diferentes departamentos e serviços autárquicos;

3 – Constituição de um Conselho Económico e Empresarial consultivo, com a participação dos principais agentes económicos e sociais do Concelho;

4 – Divulgar e apoiar a divulgação dos produtos e produções locais (restauração e vitela assada por Ex.), numa perspectiva de cadeia de valor;

5 – Despoluição dos rios do Concelho e limpeza dos respectivos afluentes e margens;
6 – Promover a construção de mini hídricas;

7 – Cooperar com instituições do ensino superior, investindo em mediadas de apoio a projectos direccionados para a inovação tecnológica, sobretudo para jovens empreendedores;

8 – Criar pequenas áreas de localização industrial, de modo a que estas sirvam de âncora ao desenvolvimento de algumas áreas mais deprimidas.


Em suma, poderemos dizer que este orçamento não traz nada de novo, a não ser a baixa do IMI e o aumento absurdo da despesa improdutiva, atirando quase toda a obra de envergadura para as PPP e para fora do orçamento.

1 comentário:

Anónimo disse...

Parabéns!
Eis um E-mail do PSD/Fafe aos militantes e, em similtâneo, um espaço para que a sua voz seja ouvida. Na verdade, o desconhecimento das ideias de uma comissão política deve-se à inoperância de alguns ou à falta de trabalho de outros. Nos dias de hoje, as novas tecnologias são um veículo imprescindível na comunicação e na arte de fazer política. A falta de plenários são o reflexo de alguém que se esquede das funções para as quais foi eleito, mas talvez haja quem pense que o partido vale mais e, por isso, hoje são uns amanhã serão outros, ainda que não queira parecer. uma vez que o passado autárquico do PSD em Fafe não tenha merecido o aplauso das gentes mais humildes e, se for necessário, exemplos não faltam.
Em relação ao Orçamento 2009, não são apenas os genéricos a causa de preocupação, mas são as particularidades das freguesias que deveriam estar em questão e apontadas uma a uma. No plano geral, ficamos contentes com as palavras de Pedro Gonçalves que se mostra atento às questões de ordem social, educacional e empreendedorismo.
Reconhecemos a preocupação com a necessidade de criar um local para atendimento ao empreendedorismo e, por outro, deixa transparecer uma 'NATURFAFE' que não apoia o que de melhor se faz em Fafe (Vitela, por exemplo), somos conhecidos em Fafe pela 'Justiça' e por esta nos mantemos. Nada parece querer mudar e o PSD devia saber explorar muito mais estas ideias. Saltam para a rua! O povo acredita em bons projectos, mas não deixem que a actual chefia da Câmara aponte a vossa agenda. Sejam alternativos. O POPH está cheio de áreas de apoio a grandes iniciativas e Fafe bem precisa de gente em acção.

Sejamos pelas pessoas, não apenas pelo senhor A ou B que é nomeado qualquer coisa no partido ou como os outros que se interessam mais pelos golfinhos do que com as pessoas ao seu lado.
Sejamos Sociais,
Sejamos Decocratas (demo- povo/ cratos - poder) e deixemos o povo escolher a melhor proposta.
Sejamos um Partido!

Pedro Sousa, Regadas